TRANSIÇÕES ENERGÉTICAS

Brasil pode ser líder mundial na transição energética para fontes renováveis

País com matriz energética mais renovável entre as maiores economias do mundo, o Brasil tem, com a presidência do G20 e como país-sede da COP 30, oportunidade de apresentar ao mundo experiências bem-sucedidas para uma transição energética justa e inclusiva

10/02/2024 09:00 - Modificado há 6 meses
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. | Foto: Ricardo Stuckert - Presidência da República
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. | Foto: Ricardo Stuckert - Presidência da República

Na presidência do G20, Brasil tem a oportunidade de mostrar ao mundo o seu papel de liderança na transição energética. De acordo com dados da Climate Transparency 2022, um consórcio global com o objetivo de estimular a descarbonização entre os países do G20, o Brasil é o país com matriz energética mais renovável entre as maiores economias do mundo. No país, por exemplo, 79% da geração de energia elétrica vem de fontes renováveis, nos Estados Unidos o percentual é de 21%, na França 29%, na Rússia 20% e na África do Sul apenas 9%. 

“O Brasil tem que liderar os países emergentes na questão das energias renováveis. No G20, espero que o Brasil crie muitos mercados para isso. Temos muitos setores para descarbonizar, como o aéreo e o marítimo. O Brasil tem potencial também de minerais críticos, como o lítio e o cobalto”, defendeu o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol. O presidente da AIE esteve em Brasília onde debateu sobre questões energéticas e climáticas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

No país, por exemplo, 79% da geração de energia elétrica vem de fontes renováveis, nos Estados Unidos o percentual é de 21%, na França 29%, na Rússia 20% e na África do Sul apenas 9%. 

“Após minhas conversas aqui, a AIE espera aprofundar ainda mais nossa excelente parceria com o Brasil. Os próximos dois anos serão extremamente importantes e o mundo tem a sorte de o Brasil liderar, através do G20 e da COP 30, os esforços globais de uma forma inclusiva e justa. A AIE está pronta para apoiar o Brasil de todas as maneiras que pudermos”, afirmou Fatih Birol.

Durante a visita, o diretor-executivo da agência se encontrou com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para firmar uma parceria e assinar um Plano de Trabalho para a Aceleração da Transição Energética no Brasil. O Ministério de Minas e Energia é o coordenador do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20 que tem como prioridade debater o cenário da transição global para utilização de fontes de energia limpas e sustentáveis e os caminhos para uma transição energética justa, acessível e inclusiva. O grupo também tem o papel de discutir sobre financiamento das transições energéticas, a dimensão social dessa transição e as perspectivas de inovação na área de combustível sustentável. 

A primeira reunião do Grupo de Trabalho Transições Energéticas sob a presidência brasileira será nos dias 19 e 20 de fevereiro, por videoconferência.