Boletim G20 Ed. 66 - Brasil propõe debate sobre Inteligência Artificial

Inteligência artificial pautou o primeiro encontro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Especialistas discutiram eixos temáticos que contemplem a agenda do Sul Global. Ouça e saiba mais!

Repórter: Ao coordenar a 1ª Reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao grupo de especialistas uma proposta de inovação para o Brasil apresentar na Conferência das Nações Unidas em setembro. A reunião foi centrada nos progressos e desafios do uso da Inteligência Artificial no Brasil. O Presidente Lula defendeu a posição estratégica brasileira, como presidente do G20 e do Brics, no ano que vem. Ele disse que o país não pode ficar atrás nessa área.

Presidente Lula: Isso tomou conta de todos os debates. Não tem um debate que eu vá, seja aqui no Brasil ou fora do Brasil, em que não entre a questão da Inteligência Artificial. Tem que começar a colocar no papel o que nós queremos fazer, o que o Brasil pode fazer, ou o Brasil vai ficar a reboque daquilo que sobrar do que os outros países fizerem para que a gente possa participar desse processo. 

Repórter: O Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia é um órgão consultivo de assessoramento superior da Presidência da República, e tem como objetivo principal promover a ciência, tecnologia e inovação como pilares essenciais para o desenvolvimento nacional. A ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, falou dos avanços da Inteligência Artificial no país. Ela disse que esse tipo de tecnologia já é aplicada em diversos campos, como a saúde e a educação. A ministra defendeu que é necessário ter produção de Inteligência Artificial para evitar o abismo entre os países.  

Ministra Luciana Santos: Nós precisamos atualizar a nossa estratégia brasileira de inteligência artificial, é isso que o nosso ministério está fazendo, porque afinal, ao mesmo tempo em que a inteligência artificial é uma janela de oportunidades, ela também tem riscos.

Repórter: Roseli Figaro, coordenadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho, acredita que a Inteligência Artificial é uma fronteira internacional atualmente em disputa, e que isso precisa de regulação urgente. 

Roseli Figaro: O Brasil tem um potencial grande porque tem um parque industrial importante, tem um parque universitário e de pesquisa importante, consolidado, tem cérebros. Nós precisamos orientar essa tecnologia para o bem e para o progresso dos seres humanos.

Repórter: O Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, reformulado pelo atual governo brasileiro no ano passado, busca fortalecer o papel do Brasil como líder em inovação e desenvolvimento científico.