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Boletim G20 Ed. 12 - Blocos regionais: a Influência da União Africana e da União Europeia nas deliberações do G20

Como funcionam os blocos regionais e o contexto de entrada de cada um deles no G20. Ouça e saiba mais!

21/01/2024 09:13

Repórter: Nas negociações e buscas de consenso do G20, onde as principais economias mundiais se reúnem para moldar políticas globais, dois gigantes coletivos têm assento à mesa: a União Africana e a União Europeia. Apesar de representarem 82 países, sendo 55 da União Africana e 27 da União Europeia, a presença desses blocos regionais vai além dos números, introduzindo complexidades e nuances significativas às discussões e acrescentando camadas de perspectivas e desafios, dada a diversidade de interesses, economias e agendas políticas envolvidas. 

Os blocos regionais são alianças de países que se unem para promover cooperação econômica, política e social em suas respectivas regiões. Assim, a influência desses blocos depende da coesão interna, da capacidade de negociação e do alinhamento de interesses entre seus membros. A União Europeia é membro permanente desde a criação do G20. Já a União Africana participou em diversas ocasiões como membro convidado do grupo. Flávio Luis Pazetto, primeiro secretário do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e responsável pela coordenação geral do G20, explica as diferenças históricas e de contexto das participações dos dois blocos. 

Flávio Luis Pazetto: A União Europeia participa do grupo, essencialmente, porque a Europa é, de fato, uma grande economia mundial. 25%, um quarto do PIB mundial produzido na União Europeia. A União Africana ingressou no grupo mais tarde. Nesse contexto em que a África não tem nenhum país individual que esteja entre as 20 maiores economias do mundo, uma solução que se encontrou foi admitir a União Africana, que é um bloco que engloba todos os países do continente e que tomado em seu conjunto é uma grande economia mundial. A União Africana engloba economias que são algo entre 5 e 6% do PIB mundial.

Repórter: A participação de blocos regionais, como a União Africana e a União Europeia, traz à mesa do G20 uma representação coletiva que transcende inúmeros indicadores populacionais, demográficos, econômicos e sociais. Paralelamente, guarda consonância com as prioridades da presidência brasileira, o combate à fome à pobreza, a promoção do desenvolvimento sustentável e a reforma das instituições de governança global.

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