TRILHA DE FINANÇAS

“Pandemias não têm fronteiras”: debate global sobre resiliência econômica às crises sanitárias é fundamental

No evento paralelo “Exercício de Simulação para Resiliência Econômica a Pandemias”, parte da programação das Reuniões de Primavera do FMI, que está sendo realizada em Washington (DC), nos Estados Unidos, a embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20, alertou que crise provocada pela pandemia de Covid-19 evidenciou a necessidade de revisão dos paradigmas globais da capacidade de resiliência conjunta, para preservação das finanças dos países e das populações.

18/04/2024 15:50 - Modificado há 13 dias
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Thedros Adhanom, no evento  paralelo “Exercício de Simulação para Resiliência Econômica a Pandemias” realizado em Washington, Estados Unidos. | Foto: Audiovisual G20 Brasil
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Thedros Adhanom, no evento paralelo “Exercício de Simulação para Resiliência Econômica a Pandemias” realizado em Washington, Estados Unidos. | Foto: Audiovisual G20 Brasil

O Brasil apoia a prioridade estabelecida pela Força-tarefa Conjunta de Finanças e Saúde do G20 para melhorar a avaliação da saúde global e da vulnerabilidade social e econômica dos riscos decorrentes de pandemias. A ação é essencial para preparar e priorizar respostas políticas ágeis e eficazes de resiliência financeira de países e de populações diante de imprevistos graves na área de saúde.

Esse posicionamento foi apresentado nesta quinta-feira (18) pela embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, em pronunciamento realizado no evento paralelo “Exercício de Simulação para Resiliência Econômica a Pandemias”, parte da programação das Reuniões de Primavera do FMI, que está sendo realizada em Washington (DC), nos Estados Unidos. A reunião contou com a participação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Thedros Adhanom. 

[...] somente uma boa preparação conjunta tem capacidade para preparar, de antemão, o mundo diante da necessidade de enfrentar imprevistos como ocorreu com a pandemia de Covid-19. Essa preparação exige ações de avaliação e de gestão de riscos, testes de esforço e exercícios de simulação.

A embaixadora destacou que o avanço nessas discussões somente foi possível diante do envolvimento da OMS e do apoio dos governos da Indonésia, Itália, Japão e Estados Unidos, entre outros agentes. Ela reforçou a relevância do debate amplo, de âmbito global, para discutir como melhorar a resiliência econômica às pandemias, avaliar a preparação e a mitigação do impacto de futuras emergências sanitárias, incluindo a questão das pandemias. “Isso exige cooperação política internacional e esforços proativos contínuos, para manter os países envolvidos nestas discussões na raiz da preparação neste contexto”, apontou.

Embaixadora Tatiana Rosito: “O Brasil apoia a prioridade estabelecida pela Força-tarefa Conjunta de Finanças e Saúde do G20”. Foto: Audiovisual G20 Brasil
Embaixadora Tatiana Rosito: “O Brasil apoia a prioridade estabelecida pela Força-tarefa Conjunta de Finanças e Saúde do G20”. Foto: Audiovisual G20 Brasil

Segundo Tatiana Rosito, a crise provocada pela pandemia de Covid-19 evidenciou a necessidade de revisão dos paradigmas globais diante da capacidade de resiliência conjunta, sob o foco de preservação das finanças dos países e das populações. A secretária do MF ressaltou que somente uma boa preparação conjunta tem capacidade para preparar, de antemão, o mundo diante da necessidade de enfrentar imprevistos como ocorreu com a pandemia de Covid-19. Essa preparação exige ações de avaliação e de gestão de riscos, testes de esforço e exercícios de simulação.

A articulação conjunta entre os países é ação indispensável, com foco na preparação das infraestruturas de saúde, redes de segurança social, investigação e desenvolvimento de redes de distribuição de produção de vacinas. “Pandemias não têm fronteiras”, alertou a embaixadora.

“Com coordenação e o compartilhamento de conhecimento, dados e melhores práticas, podemos ampliar a eficácia dos nossos esforços de resposta para minimizar adversidades econômicas”, afirmou Rosito. Ela reforçou, ainda, a relevância de o tema estar sendo discutido no âmbito do G20, construindo um posicionamento estratégico para apoiar a arquitetura global de saúde, sob espírito colaborativo.

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