IBGE lança retrato das desigualdades nos países do G20
Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mapeia informações sobre pobreza, educação, violência, trabalho e renda e revela as desigualdades nas maiores economias do mundo. Análise parte de indicadores globais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para indicar a urgência do combate às iniquidades nos países-membros.
Mesmo com diferentes níveis de desenvolvimento, há desigualdades em todos os países do G20. É o que revela o estudo Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 – Caderno Desigualdade, elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), lançado nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro. A partir de sete indicadores globais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, o estudo apresenta dados sobre a acesso à renda e pobreza; conclusão do ensino médio; proporção de mulheres no parlamento; informalidade, desocupação e violência, mapeando as desigualdades nas maiores economias do mundo.
De acordo com a publicação, o estudo consolida o esforço do IBGE de produzir informações para o monitoramento da Agenda 2030 no Brasil, em parceria com instituições produtoras de dados oficiais e grupos internacionais sobre o tema. Parte dos dados sobre os países-membros do fórum estão desagregados por sexo, são referentes aos anos de 2021 e 2022, e tem como fonte organismos como a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Banco Mundial e o Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais.
Desigualdades no G20
Entre outras informações, o estudo revela que a Índia, o Brasil e a Indonésia apresentaram as maiores proporções de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza em 2022, ou com US$2,15 por dia. Em 2021, nenhum dos países-membros do fórum havia alcançado a cobertura universal de conclusão do ensino médio ou equivalente. México, África do Sul e Argentina são os países do G20 com a maior representação de mulheres nos parlamentos nacionais.
Também em 2022, a Índia, Indonésia, África do Sul, Turquia e Alemanha as mulheres são maioria nos índices de informalidade, enquanto nos demais países, a informalidade é maior entre os homens. Em 2022, a África do Sul, Arábia Saudita, Itália e Turquia têm as maiores taxas de desocupação entre a população de 15 a 24. Entre os 15 países do G20 com informações sobre o número de vítimas de homicídio, a África do Sul, o México e o Brasil apresentaram os maiores valores em 2021. Os homens foram a maioria das vítimas nesses.
Acesse a publicação Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20: caderno desigualdades.