ARQUITETURA FINANCEIRA INTERNACIONAL

G20 em Fortaleza: Delegados mundiais buscam soluções para desafios financeiros globais

Na abertura da reunião, autoridades destacaram a importância da cooperação internacional para garantir investimentos para que os países em desenvolvimento enfrentem a fome e a pobreza. Até quarta-feira, 13, o GT do G20 vai discutir ainda dívida externa, sistema de pagamentos internacionais e fortalecimento dos bancos multilaterais de desenvolvimento.

10/06/2024 14:43 - Modificado há 2 meses
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São altas as expectativas para a reunião do grupo de trabalho de Arquitetura Financeira Internacional do G20, que acontece até quarta-feira, 13/6, em Fortaleza, capital do Ceará. Mais de 200 delegados representantes dos países-membros do fórum, organizações internacionais e bancos multilaterais (MDBs, na sigla em inglês) estão engajados para discutir soluções para um sistema para pagamentos entre países; dívida externa; melhora do acesso dos países do Sul Global aos investimentos globais, entre outros.

Antonio Freitas, subsecretário(a) de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica do Ministério da Fazenda do Brasil, destacou que o momento é para debater temas críticos como o liderado por países da África, que acontece nesta terça, que é um resultado que foi planejado como entrega do GT na presidência brasileira do G20. O grupo é coordenado pelo MF em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB). 

“Ao chegarmos a metade da presidência brasileira do G20, estamos fazendo bons progressos na implementação do plano de trabalho do IFA acordado no início do ano. É hora de finalizarmos ou avançarmos significativamente. O Brasil está confiante de que podemos negociar diferenças nas visões técnicas e expandir o tão necessário entendimento”, pontuou o diplomata durante a abertura da reunião que contou com a participação do governador do Ceará, Elmano Freitas. 

Mais investimento no Sul Global 

Freitas destacou que depois da pandemia, os países do Sul Global tem encontrado grandes desafios para superar a fome e a pobreza e as instituições financeiras internacionais têm “um papel muito importante para o desenvolvimento dessas economias e dos compromissos com a transição energética e descarbonização do planeta” e destacou o protagonismo do estado do Ceará na produção de energia limpa. 

“Precisamos pensar uma economia com base em uma nova matriz energética nos coloca desafios enormes de poder pensar uma economia que seja mais inclusiva que superemos a fome em todos os locais deste planeta e que possamos fazer isso preservando o meio ambiente. Portanto, temos desafios muito grandes para todos os dirigentes das nossas nações”, indicou. 

Na perspectiva do mandatário cearense, o Ceará se beneficia com os debates do G20 no que diz respeito ao fortalecimento dos bancos multilaterais e a facilitação dos empréstimos aos países em desenvovimento. “Mais cooperação e taxas de juros menores beneficiam as ações que queremos implementar para tirar as famílias das políticas de assistência para as de economia, trabalho e moradia. Isso só é possível fazer com uma forte cooperação internacional”, concluiu Elmano.

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