Boletim G20 Ed. 65 - Programa brasileiro incentiva empresárias a conquistarem negócios internacionais

Empresas que exportam são mais competitivas, geram maiores lucros e empregam mais, mas ainda são poucas as mulheres que se beneficiam das oportunidades em mercados internacionais. Para mudar essa realidade no Brasil, a ApexBrasil criou o Programa Mulheres e Negócios Internacionais, que em menos de um ano já atendeu quase 3 mil empresas lideradas por mulheres. Ouça e saiba mais!

Repórter: Incluir as mulheres de maneira igualitária na economia não é apenas justo: é mais eficiente e bom para os negócios. Segundo um relatório produzido pelo Instituto Global McKinsey, se houvesse plena igualdade salarial entre homens e mulheres, o PIB global poderia aumentar em até 28 trilhões de dólares.

Pensando no potencial para expansão da participação feminina, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a ApexBrasil, criou o Programa Mulheres e Negócios Internacionais é uma iniciativa que surgiu para contribuir com o aumento do número de empresas brasileiras lideradas por mulheres. O programa foi idealizado pela Diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza. 

Ana Paula Repezza: A Apex, desde o ano passado, lançou o seu programa Mulheres em Negócios Internacionais, voltado especificamente para trazer mais empresas lideradas por mulheres para dentro do esforço exportador do Brasil. Nós sabemos que as empresas que exportam geram mais emprego, geram mais renda e quando elas são lideradas por mulheres, esse impacto é ainda mais positivo do ponto de vista social, impactando as famílias, os filhos, dessas mulheres que trabalham nas empresas exportadoras. 

Repórter: O Programa inclui ações específicas, 100% direcionadas para empresas de mulheres. Nos seis primeiros meses da iniciativa, os atendimentos da ApexBrasil a empresas lideradas por mulheres aumentaram 32%. No total, quase 700 novas empresas com liderança feminina foram apoiadas pela Agência no último ano. Alessandra Bezerra, CEO e fundadora da marca de móveis Ybyrá Biodesign da Amazônia, foi uma das mulheres que participaram do programa da Agência. 

Alessandra Bezerra: E a gente viu que era possível transformar aquele sonho em realidade. Então a gente abriu a Ybyrá com essa visão de sustentabilidade. Então nós estamos nessa construção. Nós estamos nesse momento na Ybyrá, buscando essa construção aí, de levar a Ibirá para outros locais que não seja só o Brasil. Que bom que tem pessoas que estão nessas instituições e que têm essa visão. Então, assim, são muitas mãos. 

Repórter: A Cachaça Triumpho, que fica no sertão pernambucano, gerida pelas irmãs Ana Carolina Macedo e Fabiana Macedo, é outra beneficiada pelo Programa. A empresa foi criada em 2002 pelo pai delas. Com a morte do patriarca, as filhas assumiram o negócio da família. Fabiana conta que participou de programas da ApexBrasil, o que resultou em experiências, vendas e aprimoramento do produto.

Fabiana Macedo: A gente tem prêmios somente esse ano, a gente ganhou duas medalhas no destilado do Brasil e uma medalha de ouro no Mundial de Bruxelas, que a gente trabalha diariamente para que a gente expanda as nossas vendas e leve a cachaça para o restante do Brasil e para o mundo.

Repórter: O Programa tem o objetivo de destacar as exportações brasileiras lideradas por mulheres, valorizar os produtos e serviços nacionais no exterior e fortalecer a imagem da marca Brasil.