Boletim G20 Ed. 100 - EUA sediam evento do G20 com a sociedade civil
A reunião faz parte das atividades do encontro da Trilha de Finanças do G20 em Washington (DC), nos Estados Unidos. As agendas reúnem participantes de diversas partes do mundo, e o entendimento é que a representação dos interesses locais aumenta a legitimidade das políticas globais. Ouça a reportagem e saiba mais.
Repórter: Representantes do Ministério da Fazenda do Brasil participaram de um encontro com a sociedade civil global, na Fundação Sociedade Aberta, em Washington (DC), nos Estados Unidos. A visão dos participantes é que a representação dos interesses locais aumenta a legitimidade das políticas globais e fortalece a governança democrática internacional.
Tatiana Berringer, coordenadora do G20 Social na Trilha de Finanças, destacou que o Brasil tem a esperança de que a iniciativa brasileira de abertura para a sociedade civil possa se manter nos próximos ciclos.
Tatiana Berringer: Abrir um canal de diálogo com a sociedade civil permite não apenas a transparência, mas passar informações para que a sociedade civil saiba o que de fato está na mesa, o que está sendo discutido dentro do G20. Isso capacita a sociedade civil, mostra também como muitas vezes as discussões e os temas que são levantados têm impacto direto sobre a vida das pessoas.
Repórter: Antonio Freitas, subsecretário de Finanças Internacionais e Cooperação Econômica do Ministério da Fazenda, compartilhou com representantes de diversas entidades as prioridades da presidência brasileira para o G20. Ele citou o histórico de construção do grupo como resposta a crises econômicas internacionais, e os desafios em questões estruturais, como trabalho de combate à fome e às mudanças climáticas.
Antonio Freitas: A gente acredita que a sociedade civil tem um papel fundamental em colocar voz e pressão, se necessário, nos representantes dos países para avançar com as medidas que são tão importantes para que a cooperação internacional atinja os níveis que se espera para resolver os problemas da pobreza, do desenvolvimento, da fome e da mudança do clima.
Repórter: Marcos Vinicius Chiliatto, representante do Brasil na diretoria do Banco Mundial, falou da forma como a instituição vê a possibilidade de reforma das instituições financeiras internacionais.
Marcos Vinicius Chiliatto: Com a inclusão da sociedade civil, é uma forma de você ampliar os insumos para as discussões que as 20 maiores economias do mundo estão tomando em uma multiplicidade de temas. Então acho que a importância é essa, um engajamento efetivo com a sociedade civil, no qual as decisões possam ser melhor informadas e, portanto, mais democratizadas.
Repórter: Ao longo da semana acontece em Washington o Encontro de Primavera dos Ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais, juntamente com a segunda reunião da Trilha Financeira do G20. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participará ativamente das agendas.