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Boletim G20 Ed. 121 - Com enchentes no Brasil, presidente Lula alerta para a crise climática

Presidente brasileiro coordena esforços de apoio à população vítima de enchentes no Rio Grande do Sul, destaca integração entre poderes e a urgência de enfrentar mudanças climáticas. Ouça a reportagem e saiba mais.

07/05/2024 08:19 - Modificado há 11 dias

Repórter: O governo federal brasileiro tem desempenhado um papel crucial no auxílio ao estado do Rio Grande do Sul, atingido fortemente por chuvas, mobilizando mais de 15 mil profissionais em diversas áreas. As Forças Armadas fazem parte das operações realizando resgates aéreos, evacuações, salvamentos e transporte de alimentos. Essas ações refletem a urgência de enfrentar os desafios climáticos, uma das principais pautas do governo brasileiro na presidência do G20.

Em meio às operações de resgate, o governo federal tem se concentrado em dar uma resposta coordenada e eficaz para garantir a segurança alimentar e medidas de assistência social à população atingida. As ações estão sendo coordenadas por um escritório de monitoramento instalado pelo governo brasileiro na capital do estado. 

Conforme a Defesa Civil, são 380 municípios afetados, com impacto maior na capital Porto Alegre e municípios da Região Metropolitana. Até o momento, quase 50 mil pessoas já foram resgatadas. A logística mobiliza aeronaves, embarcações, viaturas e equipamentos de engenharia. Mais de 45 mil pessoas estão em abrigos e mais de 130 mil desalojadas

A Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional já empenhou quase 9 milhões de reais para o envio de 52 mil cestas de alimentos para o Rio Grande do Sul, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab. O Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome vai investir 807 milhões de reais para antecipar os pagamentos a 621 mil integrantes do Bolsa Família

Na área da saúde, profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde foram enviados ao estado. Também está sendo mobilizada uma rede hospitalar pública e privada para organizar e integrar ações e prioridades. Um hospital de campanha foi montado e já está em funcionamento no município de Estrela, no Vale do Taquari, uma das regiões atingidas.

Em agenda em Porto Alegre, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; do presidente da Câmara, Arthur Lira; do presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas; do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, além de 13 ministros do governo, demonstrou um símbolo de união do país em torno do socorro aos gaúchos. Lula enfatizou a precaução com o planejamento para evitar futuros desastres climáticos. 

Lula: Não haverá impedimento da burocracia para que a gente recupere a grandiosidade desse estado. Podem ficar certo disso.

Repórter: A cooperação entre esses poderes permite uma resposta abrangente e integrada às necessidades da população afetada, garantindo a rápida mobilização de recursos e a implementação de medidas necessárias para o socorro. Durante uma reunião na semana passada na Base Aérea de Santa Maria, cidade gaúcha também atingida pelas enchentes, o presidente Lula destacou a importância de considerar as manifestações da natureza, alertando para os grandes prejuízos que podem ocorrer quando ela se insurge. 

Lula: Pensava-se que aquela era a maior enchente da história do Rio Grande do Sul e agora tá provado que sempre a possível aconteceu uma coisa maior, uma desgraça maior. Cada centavo que for colocado para combater uma coisa dessa, ele tem que ser aplicado naquilo que ele foi colocado. Eu queria dizer ao povo gaúcho, o que nós estamos fazendo é dando ao Rio Grande do Sul aquilo que ele merece. Se ele sempre ajudou o Brasil, está na hora do Brasil ajudar o Rio Grande do Sul.

O presidente Lula enviou um projeto de decreto legislativo ao Congresso, para reconhecer o estado de calamidade pública em parte do território nacional, especialmente no Rio Grande do Sul, devido à tragédia climática. O objetivo é facilitar a liberação de verbas para o estado. O decreto de calamidade proposto precisa ser aprovado pelo Congresso e tem vigência até o final de 2024.

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