No G20, Brasil espera liderança dos países desenvolvidos no financiamento contra crise do clima
Na abertura da semana de debates sobre o enfrentamento às mudanças climáticas no G20, Capobianco, secretário executivo do MMA, insta os países desenvolvidos a financiar ações contra a mudança do clima.
“As maiores economias do mundo podem auxiliar a destravar pontos, liderar pelo exemplo e dar um sinal para o resto do mundo sobre os compromissos efetivos”, declarou João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, nesta terça-feira (01), na abertura da reunião técnica do grupo de trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20.
O secretário também ressaltou o papel dos países desenvolvidos e a responsabilidade de fornecerem os recursos necessários para liderar a transformação ecológica. Segundo Capobianco, eles devem alavancar seus esforços para acelerar a transição para um modelo econômico mais sustentável. “Nossa declaração deve expressar o papel dos países em alavancar e acelelar uma transformação profunda”, pontuou o secretário sobre documento consensual que deve ser apresentado na quinta-feira (03).
A expectativa é que a declaração reflita os impactos ambientais observados em 2024 e que exigem ação imediata e coordenada em escala global. Para o encontro ministerial, são esperadas lideranças de 14 países-membros do fórum e representantes de organismos internacionais.
Pautas significativas
Capobianco elencou, entre as medidas concretas que serão debatidas nos próximos dias, ações de mitigação dos efeitos das mudanças do clima; o aumento das fontes de financiamento verde, com vistas a aumentar a ambição climática nas metas de redução das emissões de carbono; e a preservação e uso sustentável dos oceanos. Outro ponto em debate é a necessidade de estabelecer conexões entre o G20 e a COP (Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).