TRILHA DE FINANÇAS

“Além de ser inaceitável, a fome é um problema econômico urgente”, afirma Fernando Haddad

Durante encontro em Washington, autoridades puderam compartilhar experiências e buscar soluções conjuntas para o problema do combate à fome e à pobreza. Ministro da Fazenda defende que a fome deve estar no centro das políticas econômicas.

17/04/2024 18:16
O ministro compartilhou a experiência brasileira no combate à fome e à pobreza. Crédito: Audiovisual G20 Brasil
O ministro compartilhou a experiência brasileira no combate à fome e à pobreza. Crédito: Audiovisual G20 Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta quarta-feira (17) de um evento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na sede do Banco Mundial em Washington, DC, nos Estados Unidos. Trata-se de evento paralelo dos Encontros de Primavera do FMI e do Banco Mundial, no qual autoridades compartilharam experiências bem sucedidas  de seus países tanto do lado do provedor quanto de quem recebe a ajuda para enfrentar o desafio da fome.

No encontro, moderado pela economista francesa Esther Duflo, o ministro reiterou que a fome é um problema econômico e é erradicando a pobreza que se poderá ter uma nova economia global. “Além de ser inaceitável de uma perspectiva humanística, a fome é um problema econômico urgente, que produz efeitos duradouros, em especial nas crianças”, disse Haddad. 

“A fome deve estar no centro das políticas econômicas, uma vez que quebrando o ciclo econômico da pobreza e eliminando a fome, damos o primeiro passo rumo a um mundo mais preparado para lidar com desafios ambientais e climáticos”, completou.

O ministro compartilhou a experiência brasileira em que — com a criação de políticas sociais de combate à fome e à pobreza, entre 2002 e 2014 — o número de brasileiros subnutridos caiu 82%. "Experimentamos uma queda significativa e sem precedentes na desigualdade", afirmou. Contextualizando a questão na presidência do G20, Haddad pontuou que "a grande novidade desse G20 é que endereçamos os assuntos, mas associamos também os problemas às soluções”.

Além de Fernando Haddad e de Esther Duflo, participaram do evento o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga; o ministro da Economia e Desenvolvimento Sustentável da Mauritânia, Abdessalam Saleh; a ministra do Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Tvinnereim; o vice-ministro das Finanças da África do Sul, David Masondo; e a administradora do Usaid, Samantha Power. Todos saudaram e elogiaram a iniciativa brasileira de lutar contra a fome e a pobreza.

O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, disse que “a iniciativa do presidente Lula e da presidência brasileira do G20 são importantes, se esse plano for ter sucesso”. Já a economista Esther Duflo acredita que "a iniciativa da Aliança é fundamental para a coordenação entre setores e buscar políticas integradas."

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma das prioridades lançadas pelo presidente Lula durante a presidência do G20.

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