ECONOMIA DIGITAL

Pesquisa revela que mulheres são as principais vítimas de desinformação nas redes sociais no Brasil

Estudo mostra que brasileiros apoiam as medidas governamentais para a regulação das plataformas e estão preocupados com a prevalência dos ataques contra as brasileiras nas redes sociais. Dados são do relatório da She Persisted Analysis of Gendered Disinformation Trends in Brazil, apresentado em evento paralelo do G20 sobre integridade da informação, realizado em SP.

03/05/2024 14:30 - Modificado há 15 dias
Foto: Getty Images
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A mais recente pesquisa conduzida pela Lake Research Partners revelou que os brasileiros estão cada vez mais preocupados com a disseminação de desinformação nas redes sociais e confia nas medidas do governo para conter o cenário, com especial atenção para o impacto para as mulheres. Os dados foram apresentados durante evento paralelo do grupo de trabalho de Economia Digital do G20, realizado nesta semana em São Paulo. 

As informações, a partir de entrevista com 1050 eleitores, realizada entre 14 e 26 de março de 2024, revelam, por exemplo, que 77% das pessoas expressaram aprovação ao Projeto de Lei das Fake News, em tramitação no Congresso brasileiro, destacando uma demanda crescente por regulamentação nas plataformas digitais. 78% consideram importante estabelecer regras para combater a desinformação direcionada às mulheres no ambiente online e concordam que é papel do governo.  

Além disso, 65% das pessoas entrevistadas entendem que as empresas donas das redes sociais são beneficiadas pela propagação de mentiras e desinformação. O mesmo quantitativo acredita, ainda, que elas contribuem para intensificar a polarização política da sociedade brasileira. 

As informações, a partir de entrevista com 1050 eleitores, realizada entre 14 e 26 de março de 2024, revelam, por exemplo, que 77% das pessoas expressaram aprovação ao Projeto de Lei das Fake News, em tramitação no Congresso brasileiro, destacando uma demanda crescente por regulamentação nas plataformas digitais. 78% consideram importante estabelecer regras para combater a desinformação direcionada às mulheres no ambiente online e concordam que é papel do governo. 

Desinformação afeta mais as mulheres 

As mulheres são identificadas como as principais vítimas, enfrentando ataques que prejudicam suas trajetórias políticas e desencorajam sua participação na esfera pública, conforme apresenta o estudo qualitativo da "She Persisted Analysis of Gendered Disinformation Trends in Brazil", baseadas em dados extraídos das redes sociais entre 2019 e 2024, 

A desinformação de gênero é prevalente, com informações falsas sendo disseminadas sobre mulheres em cargos de destaque na política e na mídia.  No Brasil, O X/Twitter teve a maior porcentagem de ataque contra as mulheres, cerca de 61%, seguido pelo YouTube e o Facebook com 59% e 53,4% dos conteúdos, respectivamente, contendo ataques direcionados às mulheres.

De acordo com o informativo, os dados ressaltam a urgência de medidas para proteger os usuários das redes sociais, especialmente mulheres, crianças e jovens, e promover a regulação das plataformas digitais. A confiança da maioria dos brasileiros nas iniciativas do governo federal para enfrentar a desinformação online reflete uma demanda por um ambiente online mais seguro e justo para todos os usuários.

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