TRILHA DE FINANÇAS

Brasil lidera a agenda climática e quer impulsionar as finanças verdes

Evento paralelo do G20, em Washington, aborda instrumentos e plataformas para impulsionar o impacto das finanças sustentáveis. Painelistas discutiram a importância dos planos nacionais, do compartilhamento de experiências e instrumentos para mitigação de risco no financiamento de iniciativas de transformação ecológica.

16/04/2024 21:29 - Modificado há 13 dias
Ministro Fernando Haddad durante evento sobre finanças sustentáveis em Washington. Crédito: Audiovisual G20 Brasil
Ministro Fernando Haddad durante evento sobre finanças sustentáveis em Washington. Crédito: Audiovisual G20 Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta terça-feira (16/4), junto com outros representantes da delegação brasileira para as reuniões do G20 do evento “Finanças Sustentáveis para impulsionar o impacto: Plataformas e Instrumentos”, em Washington, DC, nos Estados Unidos.

Na abertura do evento, Haddad destacou a importância do compartilhamento das experiências dos países, como o Brasil, para que seja possível avançar nas políticas de economia sustentável. “O Brasil está encontrando caminhos importantes, mas o intercâmbio de experiência é fundamental para que mudanças possam ocorrer”, explicou o ministro.

“É preciso pensar no financiamento de ideias que permitam aos países fazerem suas transições aceleradas e em grande escala”, ponderou o ministro, ao falar sobre o contexto do G20 e do Plano de Transformação Ecológica.

O enviado especial das Organização das Nações Unidas para a ação do clima, Mark Carney, ressaltou a importância de planos consistentes e bem estruturados, como a experiência apresentada pela liderança brasileira no G20. “A presidência brasileira está liderando as agendas climáticas. Países precisam de planos como os do Brasil e precisaremos de reformas radicais de financiamento internacional para termos capital suficiente para ajudar na execução desses planos”, enfatizou.

Painéis

Os participantes tiveram a chance de ouvir mais sobre o tema nos dois painéis do evento. O primeiro abordou as lições aprendidas com as diferentes plataformas de países e teve como destaque arranjos institucionais e o papel dos ministérios de Fazenda em pensar esse direcionamento. O segundo apresentou soluções inovadoras para mitigar riscos cambiais e a necessidade de reduzir as distâncias entre o setor privado e a falta de financiamento de projetos.

O coordenador do Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis e subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira, participou do encerramento do encontro. Ele considera que as discussões foram muito ricas e podem colaborar com o trabalho feito na Força-tarefa para Mobilização Global Contra a Mudança do Clima. “Essa interação com vocês, nesse evento de alto nível, nos permite caminhar rumo a entregas fortes que congreguem bancos, fundos e a agenda de financiamento sustentável que discutimos”, concluiu. 

Estiveram no painel de encerramento ao lado do coordenador, o diretor-geral do Banco Popular da China, Wang Xin, e o representante do Tesouro estadunidense, Adam Wang-Levine.

O GT de Finanças Sustentáveis foi constituído como grupo de trabalho em 2021 e recebeu a missão de elaborar um roteiro para as Finanças Verdes, estabelecendo uma série de eixos, iniciativas e objetivos a serem perseguidos pelos países membros. O evento paralelo foi organizado pelo grupo de trabalho em parceria com o Instituto Clima Sociedade, o Wilson Center e o Brazil Institute.

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