“Desenvolvimento é prioridade na política externa brasileira”, diz Mauricio Lyrio, embaixador e sherpa brasileiro do G20
Primeira reunião do Grupo de Trabalho Desenvolvimento aborda a importância de políticas públicas impactantes, inclusivas com combate à desigualdade em todas as suas formas. “O GT trata de conteúdos que são discutidos nos diversos grupos do G20. É por isso que têm importância na vida dos cidadãos, porque na verdade estamos discutindo como formular, adotar e implementar políticas públicas que vão impactar diretamente na vida de cada um”, aponta o sherpa brasileiro Mauricio Lyrio.
O Grupo de Trabalho (GT) de Desenvolvimento do G20, ligado à Trilha de Sherpas liderada pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro, se reuniu por videoconferência nesta quarta-feira (24). A reunião teve como base a sede do G20, em Brasília. No encontro, foram apresentadas as prioridades do Brasil que guiarão o trabalho do GT durante a presidência brasileira do G20. As discussões ao longo do ano serão pautadas pelo debate sobre a inclusão social e a redução das desigualdades; acesso ao saneamento básico; e a cooperação trilateral para aproximar as decisões de políticas públicas e as fontes de financiamento .
“O G20 tem países ricos como membros, mas também países em desenvolvimento, como o Brasil. Estes países precisam juntar esforços para fazer cooperação com os países mais pobres, que não são parte do G20”
O embaixador Mauricio Lyrio, coordenador da Trilha de Sherpas, enfatiza que a presidência brasileira busca uma abordagem inclusiva do desenvolvimento, destacando a discussão da desigualdade em todas as suas formas. “Na visão do Brasil, o planeta deveria considerar prioritário o tema da superação da pobreza, da fome, e a redução das desigualdades”, explica.
O sherpa brasileiro observa que o Brasil, tradicionalmente, tem na sua política externa o tema do desenvolvimento como uma prioridade. Ele considera que essa proposta de debate diz respeito ao interesse de milhões de pessoas. “São conteúdos que são discutidos nos diversos grupos do G20. É por isso que têm importância na vida dos cidadãos, porque, na verdade, a gente está discutindo como vai formular, adotar e implementar políticas públicas que vão impactar diretamente na vida de cada um”, aponta.
Mauricio Lyrio destaca a cooperação trilateral entre os países como um tema central na discussão do GT. “O G20 tem países ricos como membros, mas também países em desenvolvimento, como o Brasil. Estes países precisam juntar esforços para fazer cooperação com os países mais pobres, que não são parte do G20”, explica. “Chamamos esta cooperação de Trilateral, que são três países um que têm os recursos financeiros, um com experiência com programas sociais e aqueles que podem ser os beneficiários desta cooperação entre países ricos e países em desenvolvimento", explica.
Brasil lidera iniciativas para a redução das desigualdades
A coordenadora do GT e diplomata Celeste Badaró, do Ministério das Relações Exteriores, faz um balanço da reunião. Ela conta que os países participantes receberam bem as propostas brasileiras. Na sua avaliação, isso mostra que o Brasil consegue alcançar diálogo e convergência entre os membros. Celeste reitera que os países também são a favor de garantir acesso à água e saneamento básico para a população. “Só oito países no mundo, todos eles países desenvolvidos ricos, têm atualmente acesso universal à água potável e saneamento básico seguro. Isso significa que muitos países do G20 ainda precisam avançar bastante nessa agenda”, pontua.
A coordenadora do GT e diplomata Celeste Badaró, do Ministério das Relações Exteriores, faz um balanço da reunião. Ela conta que os países participantes receberam bem as propostas brasileiras. Na sua avaliação, isso mostra que o Brasil consegue alcançar diálogo e convergência entre os membros. Celeste reitera que os países também são a favor de garantir acesso à água e saneamento básico para a população. “Só oito países no mundo, todos eles países desenvolvidos ricos, têm atualmente acesso universal à água potável e saneamento básico seguro. Isso significa que muitos países do G20 ainda precisam avançar bastante nessa agenda”, pontua.
O Grupo de Trabalho de Desenvolvimento tem mais duas reuniões presenciais previstas para os dias 18 e 19 de março, em Brasília (DF); entre 27 e 29 de maio, em Salvador (BA); e mais uma reunião ministerial de 7 a 10 de julho, no Rio de Janeiro (RJ), que será presidida por Mauro Vieira, ministro brasileiro das Relações Exteriores.